TOCA DO ERMITÃO AMBIENTALISTA 
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A preservação e manutenção das condições naturais do meio ambiente se estabelecem como categoria imprescindível para a qualidade de vida das gerações vindouras, bem como para a própria estabilidade neste planeta. A destruição do meio ambiente, através dos impactos constantes, pode tornar inexeqüível a preservação da vida dos seres humanos. Sendo assim, é constitucional que todas as atividades desempenhadas através da ação humana sejam realizadas de forma que possam ser ambientalmente sustentáveis.
Contemporaneamente a questão ambiental, além de ser do interesse dos cientistas e dos ecologistas, também é de interesse da sociedade como um todo. Está se tornando assunto obrigatório nas salas de aula, nas discussões políticas regionais, nacionais e internacionais, nas agendas dos executivos e isto acontece devido a um relacionamento entre o meio ambiente e o desenvolvimento econômico, que modificou o ponto crítico para os negócios.
Sendo assim, o Ministério Público em conjunto com a profissionalização das ONG's (Organizações Não-Governamentais) contando com uma sociedade mais esclarecida, têm tratado a questão da preservação do meio ambiente com uma singularidade cada vez mais relevante, tanto em administrações e organizações privadas como nas gestões públicas. No entanto, a educação e a conscientização dos indivíduos para a necessidade de práticas que não acarretem danos ao meio ambiente, ainda deixa muito a desejar, precisando de mais ações para se concretizar. Em outras palavras, de acordo com as informações disponibilizadas pelo Ministério da Saúde (BRASIL, 2002), tem-se plena consciência dos danos decorrentes da má disposição de resíduos produzidos pelo homem.
Isso de dá, porque a maioria das pessoas não se vê como participante do processo de interferência na natureza. Importam-se com o meio ambiente apenas de modo teórico ao ouvir falar de uma ou outra espécie ameaçada, ou de um ecossistema alterado. A falta de relação direta com os processos naturais torna o ser humano ignorante sobre sua dependência, próxima e direta, com o meio ambiente. Deixam de se sentir ligados à terra, aos cursos da água e aos seres vivos, e não sente a necessidade de compreender seus ciclos e inter-relações, como o fazem as comunidades tradicionais que reconhecem sua própria dependência da natureza. E essa falta de participação cotidiana na natureza leva a negociar um trecho de floresta ou de praia como se fossem apenas objetos de comércio.
Este alerta permite refletir sobre a "Carta do Chefe Indígena Seattle" datada de 1854, como sendo a resposta do cacique ao Presidente Americano F. Pierce, que tentava comprar as suas terras. Um grito contra a injustiça dos que pensam ter o direito sobre a terra, excluindo seus semelhantes e outros seres vivos. 


Um apelo ao humanismo:
"O ar é precioso para o homem vermelho, pois todas as coisas compartilham o mesmo sopro: o animal, a árvore, o homem, todos  compartilham o  mesmo sopro. Parece que o homem branco não sente o ar que respira. Como um homem agonizante há vários dias, é insensível ao seu próprio mau cheiro. Portanto, vamos meditar sobre sua oferta de comprar nossa terra. Se  nós a decidirmos aceitar, imporei uma condição: O homem branco deve tratar os animais desta terra como seus irmãos.O que é o homem sem os animais? Se os animais se fossem, o homem morreria de uma grande solidão de espírito. Pois o que ocorre com os animais, breve acontece com o homem. Há uma lição em tudo. Tudo está ligado.
Vocês devem ensinar às suas crianças que o solo a seus pés é a cinza de nossos avós. Para que respeitem a terra, digam a seus filhos que ela foi enriquecida com a vida de nosso povo. Ensinem às suas crianças o que ensinamos às nossas: que a terra é nossa mãe. Tudo o que acontecer à Terra, acontecerá também aos filhos da terra. Se os homens cospem no solo, estão cuspindo em si mesmos.
Disto nós sabemos: a terra não pertence ao homem; o homem é que pertence à terra. Disto sabemos: todas as coisas então ligadas como o sangue que une uma família. Há uma ligação em tudo.
O que ocorre com a terra recairá sobre os filhos da terra. O homem não teceu o teia da vida: ele é simplesmente um de seus fios. Tudo o que fizermos ao tecido, fará o homem a si mesmo.
Mesmo o homem branco, cujo Deus caminha e fala como ele de amigo para amigo, não pode estar isento do destino comum. É possível que sejamos irmãos, apesar de tudo. Veremos. De uma coisa estamos certos (e o homem branco poderá vir a descobrir um dia): Deus é um Só, qualquer que seja o nome que lhe dêem. Vocês podem pensar que O possuem, como desejam possuir nossa terra; mas não é possível. Ele é o Deus do homem e sua compaixão é igual para o homem branco e para o homem vermelho. A terra lhe é preciosa e feri-la é desprezar o seu Criador. Os homens brancos também passarão; talvez mais cedo do que todas as outras tribos. Contaminem suas camas, e uma noite serão sufocados pelos próprios dejetos.
 "Mas quando de sua desaparição, vocês brilharão intensamente, iluminados pela força do Deus que os trouxe a esta terra e por alguma razão especial lhes deu o domínio sobre a terra e sobre o homem vermelho. Esse destino é um mistério para nós, pois não compreendemos que todos os búfalos sejam exterminados, os cavalos bravios sejam todos domados, os recantos secretos das florestas densa impregnados do cheiro de muitos homens, e a visão dos morros obstruídas por fios que falam. Onde está o arvoredo? Desapareceu. Onde está a água? Desapareceu. É o final da vida e o inicio da sobrevivência.
Como é que se pode comprar ou vender o céu, o calor da terra? Essa Idéia nos parece um pouco estranha. Se não possuímos o frescor do ar e o brilho da água, como é possível comprá-los.
Cada pedaço de terra é sagrado para meu povo. Cada ramo brilhante de um pinheiro, cada punhado de areia das praias, a penumbra na floresta densa, cada clareira e inseto a zumbir são sagrados na memória e experiência do meu povo. A seiva que percorre o corpo das árvores carrega consigo as lembranças do homem vermelho...
Essa água brilhante que escorre nos riachos e rios não é apenas água, mas o sangue de nossos antepassados. Se lhes vendermos a terra, vocês devem lembrar-se de que ela é sagrada, e devem ensinar às suas crianças que ela é sagrada e que cada reflexo nas águas límpidas dos lagos fala de acontecimentos e lembranças da vida do meu povo. O murmúrio das águas é a voz dos meus ancestrais.
Os rios são nossos irmãos, saciam nossa sede. Os rios carregam nossas canoas e alimentam nossas crianças. Se lhes vendermos nossa terra, vocês devem lembrar e ensinar para seus filhos que os rios são nossos irmãos e seus também. E, portanto, vocês devem, dar aos rios a bondade que dedicariam a qualquer irmão.
Sabemos que o homem branco não compreende nossos costumes. Uma porção de terra, para ele, tem o mesmo significado que qualquer outra, pois é um forasteiro que vem à noite e extrai da terra tudo que necessita. A terra, para ele,  não é sua irmã, mas sua inimiga e, quando ele a conquista, extraindo dela o que deseja, prossegue seu caminho. Deixa para tráz os túmulos de seus antepassados e não se incomoda. Rapta da terra aquilo que seria de seus filhos e não se importa... Seu apetite devorará a terra, deixando somente um deserto.
Eu não sei... nossos costumes são diferentes dos seus. A visão de suas cidades fere os olhos do homem vermelho. Talvez porque o homem vermelho seja um selvagem e não compreenda.
Não há um lugar quieto nas cidades do homem branco. Nenhum lugar onde se possa ouvir o desabrochar de folhas na primavera ou o bater de asas de um inseto. Mas talvez seja porque eu sou um selvagem e não compreendo. O ruído parece somente insultar os ouvidos. E o que resta de um homem, se não pode ouvir o choro solitário de uma ave ou o debate dos sapos ao redor de uma lagoa, à noite? Eu sou um homem vermelho e não compreendo. O índio prefere o suave murmuro do vento encrespando a face do lago, e o próprio vento, limpo por uma chuva diurna ou perfumado pelos pinheiros" (DIAS, 1998).
Nota-se, portanto, que entre homem e natureza há uma relação de íntima dependência, isto é, o homem é fruto do meio do mesmo modo que o meio é fruto do homem. A natureza é, assim, testemunha e alvo de transformações profundas, decorridas nos últimos séculos e, principalmente, no século XX, a partir da Segunda Guerra Mundial. Se, por um lado, a civilização industrial trouxe avanços tecnológicos inimagináveis a uma pessoa do século anterior, por outro lado trouxe numerosas conseqüências indesejáveis e, além de tudo, perigosas, uma vez que deterioram o meio onde se insere o homem. Vêm chamando a atenção de diversas parcelas da sociedade, todos os efeitos negativos do desenvolvimento industrial-tecnológico, essas pessoas e instituições estão preocupadas com a destruição dos sistemas naturais e com a deterioração da qualidade de vida das pessoas.
Pesquisadores britânicos, na década de 1970, descobriram um buraco na camada de ozônio sobre a Antártica. Esse buraco é somente um dos efeitos deletérios da atividade humana sobre o ambiente. A água impregnada de fertilizante polui riachos e rios, nuvens sulfurosas liberadas por usinas elétricas a carvão contribuem para a chuva ácida, diariamente, milhões de automóveis emitem centenas de toneladas de gases prejudiciais, em decorrência desses e outros fatores, os cientistas reagiram a essas e outras ameaças.
A partir do final da década de 1980, iniciou-se um movimento fundado no princípio de "desenvolvimento sustentável". Esse princípio refere-se à garantia da manutenção da qualidade dos recursos naturais para usufruto das gerações vindouras. Tal movimento desenvolveu-se por intermédio da realização de discussões e fóruns por todo o planeta e, chegou a ser reconhecido internacionalmente depois da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (ECO 92), que ocorreu na cidade do Rio de Janeiro. (Matéria de Moacir Rocha)


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Moacir Rocha é Engenheiro Agrônomo formado pela Universidade Federal Rural da Amazônia, administrador formado pela Universidade da Amazônia, Especialista em Gestão da Informação no Agronegócio (UFJF), Mestre em Economia (UNAMA). Tem experiência nas áreas do Agronegócio e de Administração, com ênfase em Gestão da Informação, Logística, Pesquisa Operacional e Administração Estratégica.

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